quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Organização faz balanço do 1º Araxá Cine Festival e anuncia o projeto do filme sobre Dona Beja



Nádia Feres, Débora Arantes, Débora Torres, 
Alda Sandra e Neli Ávila durante a coletiva de imprensa 
Divulgação/Assessoria - Araxá Cine Festival

Na tarde desta quarta-feira (26), reuniu-se em uma coletiva com a imprensa no Museu Dona Beja, a cineasta Débora Torres; a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Parcerias, Alda Sandra Barbosa Marques; a diretora da Escola de Musica Elias Porfírio de Azevedo e presidente da Fundação Cultural Calmon Barreto, Débora Arantes Afonso Francisco e a diretora do Museu Dona Beja, Nádia Maria Pereira Feres. Na coletiva foi  feito um balanço do 1º Araxá Cine Festival e anunciadas as novidades para a segunda edição do evento no próximo ano. Também foi anunciado o projeto cinematográfico a ser filmado em Araxá: "Beja"- o filme sobre a história real  de Dona Beja.

Sobre o 1º Araxá Cine Festival, a produtora executiva e idealizadora do festival Débora Torres disse que todos os objetivos foram alcançados. “Realizamos este ano o festival de cinema no segundo semestre, para que pudéssemos implantá-lo. Sabíamos das dificuldades, quanto à captação do valor total. Mas precisávamos implantar o festival, afim de que tivéssemos um produto concreto para buscarmos patrocínios e um apoio maior para o próximo ano. Conseguimos realizá-lo com louvor”, declarou a cineasta. O evento reuniu em todas as atividades cerca de oito mil pessoas, Débora Torres destacou a participação da população nas oficinas e workshops. “Todas as pessoas que aqui estiveram ficaram encantadas. Os artistas também adoraram participar do festival e conhecer Araxá. Alguns já conheciam a cidade e o Grande Hotel e adoraram rever tudo de novo. Adoraram participar do festival, amaram a cidade... o teatro novo. O festival causou um forte impacto nacional, com uma imagem muito positiva para Araxá”, disse a cineasta. Débora concluiu “Implantamos e agora entramos no calendário dos festivais brasileiros de cinema. O objetivo do festival é fomentar o turismo na cidade. 1º Araxá Cine Festival nasceu como um evento de prestígio nacional e respeitado”.

A secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Parcerias, Alda Sandra Barbosa Marques disse estar realizada com o 1º Araxá Cine Festival. “O festival foi muito gratificante. A gente viu o retorno das pessoas, a satisfação dos artistas e cineastas que estiveram em Araxá. Isso tudo é muito gratificante... Como conseguimos realizar o primeiro, fica mais fácil realizar os próximos. Porque agora é realidade, antes era só uma ideia, um projeto. Realizamos bem dentro do que tínhamos e a visibilidade dada à Araxá foi grandiosa.”

A diretora da Escola de Musica Elias Porfírio de Azevedo e presidente da Fundação Cultural Calmon Barreto, Débora Arantes Afonso Francisco também destacou os pontos positivos do festival, “As expectativas foram superadas em todas as áreas. Encerrar o festival no Teatro Municipal foi maravilhoso, grandioso. A participação dos grupos musicais enriqueceu muito o festival, todos os alunos, professores ficaram muito motivados. O festival é mais uma iniciativa na área cultural importantíssima na cidade. A gente tem que avançar em todas as áreas e essa é uma área inovadora para Araxá. Foi gratificante detectar a quantidade de artistas que nós temos”.

A segunda edição do festival está prevista para o inicio de junho, para se distanciar das datas de outros grandes festivais e aproveitar a agenda dos cineastas e artistas. O 2º Araxá Cine Festival terá mais dias de programação e será realizado totalmente no Teatro Municipal de Araxá, com projeção digital e não mais em 35mm, como na primeira edição. A programação continuará com as reexibições nas praças, “Festivalzinho” para as crianças, workshops e oficinas, com o objetivo de capacitar tecnicamente os profissionais locais e leigos interessados no fazer cinematográfico, além das mostras competitivas de curtas-metragens araxaenses, mineiros e longas-metragens nacionais. Dentre as novidades estão mostras paralelas com grandes cineastas brasileiros como Zózimo Bulbul, dono da AfroCarioca de Cinema  e João Batista de Andrade com a Mostra “Ciclo da Ditadura Militar X Abertura democrática”; além de uma mostra de filmes internacionais dos países de língua portuguesa com curadoria do Embaixador Lauro Moreira, que também fará apresentações musicais com o grupo Solo Brasil.  A pedido de vários cineastas regionais que querem participar do festival, foi criada uma mostra competitiva de filmes da região. Além disso, haverá a premiação de júri popular para todas as categorias.

 “BEJA – O FILME”

 Divulgação/BL Assessoria

Na coletiva de imprensa, também foi anunciado o novo projeto cinematográfico da cineasta Débora Torres: o filme "Beja", que tem roteiro e direção assinados por ela.  A produção contará a história de uma das mais ilustres figuras da cidade: Dona Beja, papel que caberá a atriz Thaís Pacholek, conhecida pela sua participação no "Programa Sílvio Santos" (Jogo dos Pontinhos) e novelas como  "Amor e Revolução" (SBT),  "Vende-se um véu de noiva" (SBT), "Amigas e Rivais" (SBT) e mais recentemente em "Balacobaco" (TV Record), e também terá a participação de grande elenco, num total de 52 atores conhecidos nacionalmente.

O roteiro será desenvolvido pela cineasta junto com a jornalista, produtora, pesquisadora, escritora e roteirista Lucia Abreu, que tem mais de 25 trabalhos na Rede Globo e foi a pesquisadora de texto da autora Glória Perez durante seis anos. O roteiro será realizado em cima de pesquisas históricas, tendo como pano de fundo o cenário político, social e econômico da época. Contará também com a colaboração de diversos especialistas e historiadores nacionais e araxaenses, como a escritora Neli Alves de Ávila, autora do livro "Segredos de Beja" e da radionovela "Dona Beja" e a escritora Lourdes Zema, do livro “As águas de Araxá”, que também vai lançar um livro sobre Dona Beja até o final do ano e foi consultora da novela “Dona Beija” da extinta TV Manchete.

Débora Torres conta “Desde que estive em Araxá pela primeira vez, senti a vontade de fazer um filme sobre a história de Dona Beja, uma biografia mesmo. Uma ficção baseada em fatos reais. Acho que devemos isto á Dona Beja, por que muitos acontecimentos em sua vida foram deturpados ou virou lenda. A partir do momento que conseguimos rodar o “Vazio Coração” e implantamos o Araxá Cine Festival, eu e a secretária Alda Sandra começamos a falar a respeito de eu dirigir um filme sobre Dona Beja. Vou escrever o roteiro em parceria com a Lucia Abreu, da TV Globo. Teremos alguns colaboradores no roteiro como a Lourdes Zema e Néli Ávila de Araxá”.

Sobre o contexto do filme, a cineasta adianta “Queremos retratar a Dona Beja em um contexto histórico. Como é um épico, o roteiro será desenvolvido em cima de pesquisas históricas e de obras literárias que retratem o panorama político mineiro no século XIX. O filme enfocará uma nova visão sobre Beja, não apenas àquela da bela cortesã, mas da mulher forte, corajosa e ousada, engajada politicamente que influenciou a política mineira”.

Segundo Débora, a fase atual do projeto é de pesquisa profunda e detalhada, que ditará os caminhos do roteiro (que deve estar pronto até o final do ano) e posteriormente a captação dos recursos, paralela a escolha das locações e seleção de todo o elenco. A cineasta pretende contar com nomes como Lima Duarte, Tuca Andrada, Zezé Motta, Nelson Xavier, Angelo Antônio, Luigi Baricelli, entre outros. “Para mim o importante neste trabalho é mostrar  o olhar feminino sobre a história de Dona Beja. Não me interessa explorar apenas a sensualidade do personagem ou o seu poder de sedução, mas principalmente retratar a mulher corajosa e determinada, que inspirava e influenciava a sociedade da época”, destaca a cineasta, que tem em seu currículo curtas metragens premiados e longas documentários.

No encontro, a escritora Neli Alves de Ávila também deu uma breve explanação sobre a história de Dona Beja e destacou a importância do projeto para a cidade. “Quero agradecer a oportunidade de falar de Beja. Isso não é comum em Araxá, infelizmente. Pela importância e pela grandiosidade do nome de Beja em Araxá, no Brasil e no mundo; ela é muito pouco valorizada em Araxá. Em 2003, escrevi a rádio novela “Dona Beja” e fazia 20 anos que ninguém escrevia uma obra sobre Beja. A história de Beja não somente a história de Beja, é a história dos índios Arachás, de Minas Gerais... A Beja é a mulher de hoje em dia, extremamente sedutora, extremamente inteligente, tanto no meio político, quanto no meio social. A história de Beja é um legado e deve ser contada sim.”, destacou a escritora. A diretora do Museu Dona Beja, Nádia Maria Pereira Feres, finalizou o encontro destacando “Essa é uma oportunidade única e especial de colocarmos o nome de Beja para fora, para o mundo. É importantíssimo para alavancar o turismo e divulgar a história de Araxá. Temos uma população que gosta de história, ama a cultura e agora chegou a hora de abraçarmos este projeto. Queremos preservar a cultura araxaense”.

“Estamos indo em uma curva ascendente. Começamos com o filme “Vazio Coração”, depois o festival de cinema e agora o filme “Beja”. Os cineastas araxaenses estão bastante motivados com a criação de um polo de produção na cidade. No filme “Beja” aproveitaremos muito a mão de obra local com grandes participações locais no elenco de apoio e figuração. Nomes como Odair Fialho, Pedro Elói, Orquestra de violeiros de Araxá, Paulinho Tôrres e Gabi Luthay já tem participação confirmada no longa metragem”, disse Débora Torres.

A previsão de inicio das filmagens de “Beja” é o segundo semestre de 2013.

Um comentário:

  1. http://lourdeszema.blogspot.com.br/

    Comfiram meu bloque vou publicar livro sobre Dona beija.

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